Relatórios

Dezembro 2022

A alta global das taxas de juros, com as principais autoridades monetárias buscando combater a escalada da inflação, foi um dos principais tópicos que impactaram o ano de 2022 e um dos destaques do relatório deste mês.

Este ano, com dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos, sobretudo no que se refere à inflação, espera-se algum alívio no ciclo de alta de juros.

Na Europa, o inverno surpreendeu positivamente, uma vez que o frio está menos rigoroso. Diante disso, houve recuo relevante do preço do gás no continente, com implicações na inflação de dezembro, que mostrou recuo no índice cheio, apesar da pressão no núcleo.

Outro destaque vai para o processo de reabertura da China, que se mostra cada vez mais consolidado e tem potencial para afetar o mercado de commodities de forma relevante.

“Desde o final do ano passado, as autoridades da China vêm retirando restrições relacionadas ao Covid-19 e anunciando uma série de estímulos econômicos. Especula-se que o avanço desse processo resultará em suporte adicional aos preços do petróleo, que tem o país como um de seus maiores importadores”, diz o relatório.

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Novembro 2022

Apesar do aumento dos casos de Covid-19 na China, as autoridades optaram por relaxar as medidas de combate ao vírus, sinalizando uma verdadeira mudança de paradigma: agora, em vez de zerar os casos, a meta do país parece ser “achatar a curva”, como ocorreu no ocidente. É o que revela o nosso Relatório Econômico do mês.

Ao mesmo tempo, a inflação americana vem branda, permitindo que o FOMC tenha alguma tranquilidade para reduzir o ritmo de alta de juros já em sua próxima reunião. Entretanto, algumas métricas, como o núcleo de serviços excluindo aluguel, ainda tem uma trajetória nebulosa pela frente.

No cenário interno, o documento mostra como a desaceleração da atividade e a incerteza diante do cenário fiscal têm afetado a confiança do empresariado brasileiro.

Nesse contexto, a divulgação do PIB do terceiro trimestre aponta para uma desaceleração mais intensa do que o esperado, reforçando a percepção de que a economia começou a esfriar a partir da segunda metade do ano.

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Outubro 2022

A desaceleração do ciclo de alta de juros por parte de alguns dos principais Bancos Centrais foi um dos destaques do mês de outubro. Nesse contexto, o mercado prevê uma desaceleração da inflação nos Estados Unidos. A grande incerteza, contudo, se refere à taxa de juros necessária para conter o avanço da inflação subjacente.

O documento também mostra que a recente queda dos preços no mercado imobiliário pode ter implicações relevantes para a inflação americana, sobretudo nos itens ligados aos preços de aluguel, que vêm se mostrando bastante pressionados no atual ciclo.

Os resultados do aperto monetário também já começaram a dar sinais no Brasil. Em sua última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) ressaltou que os efeitos já podiam ser identificados na atividade econômica e nas estatísticas de crédito, destacando a composição das concessões de crédito para as famílias e um moderado aumento da inadimplência.

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Setembro 2022

O mês de setembro foi marcado pelo anúncio de um pacote fiscal surpreendente no Reino Unido. Em um contexto complexo, que já incluía alta de juros e crescimento dos gastos públicos, a adição de políticas de renúncia fiscal sem contrapartidas gerou repercussões relevantes no mercado.

A reação dos mercados às propostas foi um dos maiores movimentos conjuntos de abertura de juros e depreciação da Libra Esterlina de sua história.

Nesse contexto global – de intensa desvalorização de moedas de economias desenvolvidas e emergentes, frente à forte apreciação do dólar – a performance do Real tem se sustentado relativamente bem, tendo inclusive desempenho positivo no ano.

Além do câmbio, outro nicho que tem sido fortemente impactado pela abertura generalizada das taxas de juros mundo afora é o mercado de ações. Com o adicional de revisões negativas das estimativas de lucros das empresas no contexto de desaceleração global, as bolsas internacionais têm apresentado um desempenho mais fraco, com cotações impactadas negativamente pelas projeções de balanços trimestrais abaixo do esperado.

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Agosto 2022

O mercado de juros americano segue em um movimento de reprecificação de sua taxa terminal – taxa de juros que encerrará o ciclo de alta promovido pelo Federal Reserve –, assim como a trajetória de cortes que a sucederá. Esse é um dos principais tópicos que vem impactando o cenário global e um dos destaques do Relatório Econômico deste mês.

A continuidade deste ambiente econômico preocupado com a inflação leva a uma correlação positiva entre os retornos de ativos de renda fixa e variável – o que representa um dos maiores desafios recentes à construção de portfólios.

“Foram poucas as vezes ao longo dos últimos 20 anos em que a performance dos ativos caminhou na mesma direção. Nesse ciclo, no entanto, essa correlação atingiu um patamar bastante elevado frente ao padrão histórico”, diz o relatório.

No Brasil, apesar de o fluxo acumulado em ações ter sido estável nos últimos cinco anos, a Turim acredita que haja espaço para o país atrair recursos nos próximos anos, caso a solução fiscal seja equacionada.

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Julho 2022

A economia global segue navegando rumo a um momento de aperto das condições monetárias – e em ritmo cada vez mais acelerado. Este tema é analisado nosso relatório econômico.

Nos Estados Unidos, a inflação cheia parece ter atingido seu pico, com evidências de melhora em componentes associados ao alívio nas cadeias produtivas e à correção nos preços das commodities.

Esse ajuste das commodities se deu, sobretudo, nos itens ligados à energia, refletindo a escalada global das taxas de juros e a possibilidade de recessões em grandes economias, como a norte-americana e a europeia.

Já no mercado acionário, a bolsa americana mostrou forte recuperação a partir de meados de julho, refletindo o fechamento da curva de juros americana. O dólar também segue forte quando comparado aos seus pares.

No Brasil, o Banco Central indicou a proximidade do fim do ciclo de aperto monetário, levando as taxas de juros reais a uma queda relevante.

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Junho 2022

Ao longo do primeiro semestre do ano, a inflação chegou aos patamares mais elevados das últimas décadas em diversos países. Esse foi o principal tema do nosso Relatório Econômico desse mês.

No cenário global, os bancos centrais de países desenvolvidos responderam com medidas mais duras, apertando as condições monetárias desde o início do ano.

Em junho, o movimento de elevação das taxas de juros foi ainda mais acelerado, com o Federal Reserve, banco central norte-americano, optando por uma alta maior do que a sugerida inicialmente.

No Brasil, o Banco Central mantém a porta aberta para uma última alta de juros e comunica estratégia de manutenção da taxa Selic em território contracionista por período prolongado.

Essa perspectiva de juros altos levou os títulos de longo prazo dos Estados Unidos a atingirem os piores retornos para os primeiros seis meses do ano em décadas. A queda simultânea nos mercados de renda fixa e variável, uma inversão da relação que vigorou pelos últimos anos, representou um grande desafio para a gestão de portfólios.

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Maio 2022

A atividade econômica global segue apresentando crescimento, apesar do aperto das condições financeiras promovido pelos bancos centrais. É o que mostra nosso Relatório Econômico de maio.

O texto destaca ainda como a elevação da taxa de juros está impactando os mercados nos Estados Unidos, como o imobiliário, que já demonstra efeitos relevantes, com queda das vendas de novas casas.

Já no Brasil, a persistência da inflação, sobretudo na energia, tem aumentado as pressões por mais gastos públicos, o que, a despeito da arrecadação elevada no curto prazo, representa um risco para a trajetória da dívida pública.

Por fim, na bolsa local, há uma clara discrepância entre as ações que se beneficiam da alta dos preços de commodities, que vêm sustentando a alta do índice acumulada no ano, e as demais.

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Abril 2022

O Relatório Econômico de abril da Turim MFO mostra as consequências da inflação generalizada e destaca como a mudança de postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já produziu um aperto relevante nas condições financeiras globais.

Por conta do processo de normalização da política monetária no mundo, os mercados de ações vêm enfrentando severas correções. O que chama a atenção nesta correção de mercado é que a renda fixa, que em geral atua como um contrapeso nas carteiras de investimento, também apresenta um resultado negativo, devido à essa mudança de postura dos bancos centrais globais

Outra consequência do aperto das condições monetárias é a apreciação do dólar, por conta do aumento do diferencial de juros – o que justifica a rápida desvalorização do real em abril.

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Março 2022

Nosso Relatório Econômico de março destaca o aquecimento do mercado de trabalho norte-americano, cuja razão entre o número de desempregados e a quantidade de vagas caiu expressivamente no pós-pandemia.

Esse cenário, aliado à persistência da inflação e de uma postura mais hawkish (com viés para o aumento da taxa de juros) adotada pelo Federal Reserve, o banco central americano, tem levado a um aumento expressivo das expectativas para o ciclo de alta de juros.

No Brasil, o real se beneficiou do ambiente de commodities em alta. Após a aceleração dos preços de commodities, o fluxo de capital internacional passou a buscar ativos, especialmente moedas, em economias emergentes.

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Fevereiro 2022

O escalamento do conflito entre Rússia e Ucrânia tem levado a um expressivo aumento de preços de commodities. No nosso #RelatórioEconômico de fevereiro, explicamos que, além do impacto inflacionário imediato, um eventual corte de fornecimento poderia limitar o crescimento da Europa, por exemplo, grande dependente do gás natural russo.

Nos EUA, a conjuntura de inflação global acelerada e mudança significativa de discurso do Fed fez o mercado precificar um início mais abrupto do ciclo de alta da taxa de juros.

Esse cenário de inflação e taxas de juros elevadas, combinado com o boom de commodities, tem levado a bolsa americana a reverter o seu comportamento, refletindo uma performance mais favorável a ativos de value do que a ativos de growth.

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Janeiro 2022

Os mercados de trabalho de EUA, Reino Unido, Japão e Europa convergiram para patamares mais aquecidos e, em geral, próximos dos níveis pré-pandêmicos. No nosso #RelatórioEconômico de janeiro, explicamos que esse movimento tem sido um dos principais vetores da guinada hawkish – viés para o aumento da taxa de juros – dos Bancos Centrais dessas regiões.

No Brasil, o destaque são as propostas de desonerações tributárias para conter a escalada dos preços dos combustíveis. A longo prazo, elas devem implicar em aumento do risco-país e na deterioração das expectativas de inflação, conforme mostrou o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

Além disso, a mais recente ata do Comitê indicou que o ciclo de alta da taxa Selic deve ser ligeiramente mais intenso e duradouro do que o esperado, alcançando taxa superior a 12% a.a. em maio – e seguindo assim por algum tempo.

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Dezembro 2021

A variante Ômicron levou a números recordes de casos de Covid-19, mas as internações e mortes não têm acompanhado o mesmo ritmo. No Relatório Turim de dezembro, explicamos que esperamos uma resposta negativa em indicadores de atividade – especialmente dos serviços –, mas que este movimento deve se reverter rapidamente.

Nos EUA, a recuperação do #mercadodetrabalho tem sido rápida. Com emprego e atividade em níveis mais expressivos, o Federal Reserve (Fed, banco central) tem adotado um discurso cada vez mais rígido em relação ao combate da #inflação. A autoridade monetária pretende apertar as condições financeiras, que estão altamente estimulativas.

No Brasil, o atual ciclo de alta de #juros foi muito mais rápido e intenso do que o mercado projetava no início de 2021. O elevado patamar, somado às eleições presidenciais, deve criar um ambiente complexo para os ativos de risco, ao mesmo tempo em que podem criar oportunidades de investimento, com valuations atrativos em diversos casos.

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Novembro 2021

A inflação vem sendo um termômetro importante para os mercados globais. A alta nos preços está atrelada a fatores temporários – como o custo da energia e os gargalos entre oferta e demanda -, além de efeitos dos estímulos monetários e fiscais adotados.

Na bolsa, vale destacar o desempenho negativo dos setores mais sensíveis ao contato social – como aviação, entretenimento e transporte marítimo, que tiveram sua performance atrelada à descoberta da nova variante.

No Brasil, a conjunção de inflação em alta, PIB de volta a patamares inferiores ao pré-pandemia e a descoberta da nova variante do coronavírus ditaram o tom do mês, trazendo ainda mais volatilidade aos mercados.

O cenário interno desafiador levou ainda a uma redução significativa dos múltiplos das empresas listadas em Bolsa de Valores. Muitas, inclusive, já são negociadas em patamar inferior ao pior momento da pandemia, sugerindo que parcela significativa dos riscos para os ativos pode já estar precificada.

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Outubro 2021

Um dos assuntos mais relevantes para a dinâmica do mercado financeiro tem sido a discussão sobre o quão temporária é a inflação que tem afetado vários países, desenvolvidos e emergentes.

A piora nos dados de inflação pode ser atribuída aos choques na cadeia de suprimentos e ao movimento de reabertura das economias. A persistência da pressão inflacionária, mais forte do que se esperava, tem levado os principais bancos centrais a assumir políticas monetárias mais rígidas do que se propunham anteriormente.

A deterioração do arcabouço fiscal também repercutiu nas decisões de política monetária no Brasil, com o BC optando por acelerar o ritmo de alta dos juros.

Apesar do cenário externo favorável, as incertezas no cenário fiscal impactaram fortemente os ativos de risco domésticos, entre eles o mercado acionário – o Ibovespa teve mais um mês de quedas, mesmo com desempenho forte das bolsas globais, inclusive de países emergentes.

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