No dia 1º de outubro, o governo americano entrou em shutdown após um impasse entre Democratas e Republicanos sobre o financiamento da saúde no orçamento público. Como consequência, parte significativa das atividades da máquina federal foi interrompida — incluindo a divulgação de estatísticas oficiais sobre a economia dos Estados Unidos.
Além do custo econômico direto decorrente da paralisação — relacionado à suspensão de serviços, ao atraso no pagamento de servidores e ao impacto sobre empresas contratadas pelo governo, estimado em cerca de -0,1 p.p. do PIB por semana — há também o efeito indireto da ausência de dados. A interrupção de indicadores relevantes, como o Payroll de setembro, aumenta a incerteza e dificulta a tarefa do FOMC na condução da política monetária.
A tabela desta semana apresenta o histórico de shutdowns desde 1976, evidenciando que o mais longo — e também o mais recente — ocorreu durante o primeiro mandato de Donald Trump, estendendo-se por pouco mais de um mês. As expectativas do mercado indicam que a paralisação em curso pode se prolongar por cerca de duas semanas.
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