Eventos

Visão Turim

Um encontro mensal com nosso time sobre mercados e estratégias

04 setembro 2025

O webinar Visão Turim de setembro contou com a participação de Henrique Santos, CFA, sócio e portfolio manager da Turim, João Felipe Bandeira de Mello, CFA, também portfolio manager, e Eduardo da Rocha Lopes, CFA, analista de ativos líquidos. Eles abordaram os efeitos do aumento das tarifas nos Estados Unidos, a desvalorização do dólar e os sinais de desaceleração da economia brasileira.

Nos Estados Unidos, o aumento expressivo da alíquota tarifária (que já se aproxima de 10% sobre as importações de julho) segue no centro das atenções, provocando, inclusive, um salto na arrecadação tributária. Por outro lado, os impactos ainda não se refletem de forma contundente na inflação ao consumidor. Estudos sugerem que, neste primeiro momento, parte importante do ônus das tarifas foi absorvida via compressão das margens de lucro de empresas americanas, o que pode ser repassado aos consumidores nos próximos meses.

A inflação até aqui moderada e, principalmente, os sinais de moderação no mercado de trabalho permitiram uma reprecificação importante no mercado de juros dos Estados Unidos. A expectativa agora é de que o ciclo de cortes de juros deva ser retomado já na reunião de setembro do FOMC, sobretudo após o ajuste de comunicação feito por Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, durante o simpósio de Jackson Hole.

Esse movimento contribuiu para a valorização dos mercados acionários globais em agosto, impulsionados também pelas surpresas positivas na temporada de resultados. No Brasil, a valorização da bolsa também foi expressiva no mês: +6,3% no Ibovespa e +5,9% do índice de Small Caps, mais do que compensando a queda observada no mês anterior, a despeito do fluxo estrangeiro ainda negativo.

No mais, a última leitura do PIB confirmou a já esperada desaceleração da economia brasileira no segundo trimestre. Além disso, dados de maior tempestividade (como pesquisas de confiança e estatísticas de crédito) sugerem que essa tendência deve continuar na segunda metade do ano. A perspectiva de desaceleração econômica, aliada ao cenário externo, levaram o mercado a precificar um ciclo de cortes da taxa Selic mais intenso a partir do ano que vem.

Voltar