No que se refere a ativos financeiros, perdas exigem ganhos exponencialmente maiores para serem revertidas – uma característica que reflete a assimetria entre as variações positivas e negativas de investimentos. Uma queda de 10% exige uma alta de 11% para compensação; já uma perda de 50% demanda um ganho de 100%.
Essa assimetria ocorre porque a base de cálculo muda após uma perda: se um portfólio cai de R$100 para R$50, será necessário dobrar o novo valor para retornar ao ponto de partida. Trata-se de uma dinâmica não linear, diretamente relacionada ao funcionamento dos juros compostos – que, embora sejam aliados poderosos na construção patrimonial ao longo do tempo, também amplificam os efeitos de movimentos negativos.
O gráfico desta semana ilustra essa relação: conforme o prejuízo se aprofunda (eixo horizontal), o retorno necessário para neutralizá-lo sobe em taxas marginais crescentes (eixo vertical), formando uma curva convexa.
Embora nem sempre intuitiva, a dinâmica dos retornos financeiros reforça a importância de uma abordagem disciplinada e de uma boa gestão de risco para a preservação e o crescimento sustentável do patrimônio ao longo do tempo.
View of the Week é uma série semanal da Turim que, a partir de um gráfico, apresenta análises e reflexões sobre diversos tópicos relacionados a gestão de patrimônio, mercados, economia, história e tendências.
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